De repente, o Caracol desapareceu. E sem
saberem de onde surgiu uma bruxa horrível, velha, feia, com uma verruga na
ponta do nariz, um chapéu preto, em forma de triângulo, uma vassoura mágica e
na mão um frasco com uma poção esverdeada. Esmeralda ficou aterrorizada... A
velha bruxa olhou-a de alto a baixo... O que estás aqui a fazer? Quem és tu?
Já sei!… Tu és Esmeralda? - perguntou a bruxa.
-Sim, sou eu - respondeu a menina muito assustada!...
-O teu pai foi transformado num animal porque
ele e a tua mãe me expulsaram da Ilha Encantada, no Vale das Neves e, por isso,
a tua mãe morreu quando tu nasceste e o teu pai transformei-o num sapo...
-Num sapo?! Num sapo?! Não pode ser...Não pode ser... O meu pai um
sapo!...
Esmeralda estava cada vez mais triste e sentia-se completamente só...
Não sabia onde estava, não sabia o que fazer, sentia-se perdida e não sabia
como havia de regressar a casa. De repente, ouviu um ruído e um som estranho...
Uma voz estranhíssima a chamar por ela:
-Esmeralda, Esmeralda...
Mas, Esmeralda continuou o seu caminho, foi
andando, andando, ao passar perto de uns arbustos viu um sapo enorme e uma flor
lindíssima com pétalas vermelhas muito vivas e muito brilhantes. Esmeralda
ficou encantada com a beleza da flor e baixou-se para a apanhar, nisto viu um
ser minúsculo que lhe disse:
-Quem te autorizou a colher as minhas flores?
-E quem és tu para me proibires? -
retorquiu a menina.
-Eu sou o Duende da Felicidade e vivo na Rua
das Flores há muitos anos. Sou filho da mãe Natureza, todas estas flores são
minhas. E apesar de ser pequenino tenho poderes mágicos e posso ajudar-te...
Mas, antes responde-me para que querias tu a flor? Esmeralda com voz trémula
respondeu:
-Era para
oferecer à minha avó Francisca. Ela adora flores e esta é tão linda!...
-Está bem !... Está bem!... É para uma boa causa! Mereces a flor. E como prova da minha amizade e da minha gratidão por respeitares a Natureza, eu ofereço-te as flores e concedo-te um dom e este baú. Dito isto, o Duende deu a volta ao sapo e apareceu com um pequeno baú na sua mão que entregou a Esmeralda dizendo:
-Está bem !... Está bem!... É para uma boa causa! Mereces a flor. E como prova da minha amizade e da minha gratidão por respeitares a Natureza, eu ofereço-te as flores e concedo-te um dom e este baú. Dito isto, o Duende deu a volta ao sapo e apareceu com um pequeno baú na sua mão que entregou a Esmeralda dizendo:
-Este baú é mágico, com ele
poderás obter tudo o que quiseres, basta abrir a tampa e o baú dar-te-á o que
mais desejares...
-Mas tem cuidado, advertiu o
Duende.
-Se pedires alguma coisa que
não seja necessária, o baú desaparecerá e nunca mais o vês. Quanto ao dom,
explicou o Duende, dou-te o poder de fazeres a
felicidade de todos à tua volta e de encontrares o que mais desejas.
Quando se preparava para agradecer, o
Duende tinha desaparecido.